Praxe.
Acho que nunca falei disto aqui, mas eu sou uma grande defensora da praxe, toda eu vibro quando ouço a a dita palavra.
Ontem foi o meu último dia de praxe de todo o sempre enquanto caloira e já tenho saudades, saudades das canções, dos gritos, da dança, dos trajados que se riem connosco e não de nós, até mesmo de ficar de quatro, de três ou fazer flexões.
Voltava a setembro, voltava a ser um bicho de 18 dentes que envergava, com todo o orgulho, uma seringa ao pescoço e um chapéu de enfermeira na cabeça, que levava aos ombros a nossa mascote de dois metros de termómetro, intitulado Mister Caliente, voltava a olhar para os cascos vezes sem conta, voltava a gritar que bicho não fala, não fuma e não fode, voltava a tentar, em vão, não me rir desalmadamente dos jogos que fazíamos, voltava 8 meses atrás sem pensar duas vezes.
Para o ano lá vou estar mais uma vez, não de chapéu e seringa mas de capa aos ombros, a transmitir tudo aquilo que os doutores e veteranos me transmitiram, e fazer jus do que realmente é a praxe e fazê-los aproveitar aquilo que irá deixar as maiores saudades.
Dvra praxis Sed praxis.